Táxi Elétrico da Fiat
A perua Fiat Palio Weekend convertida em modelo elétrico não é novidade e foi mostrada, aqui mesmo, em Junho de 2009 JulJu . Na oportunidade, foi vista e testada dentro da Usina de Itaipu, local do projeto piloto. Ações semelhantes estão sendo desenvolvidas em diversos pontos do país, fruto da parceria entre concessionárias do setor elétrico e fabricantes automotivos, consagrados ou não.
Protótipo ainda tem baixa autonomia e longo tempo de recarga, mas já traz economia
Voltando à perua, o diferencial agora está na liberação do uso público: uma unidade do carro foi convertida em taxi e está à disposição dos passageiros do aeroporto desde outubro, contanto que esteja carregada. Funciona assim:
O passageiro procura o quiosque do serviço (que poderia ser menos escondido, aliás) e informa para onde quer ser levado. Com o trajeto fechado, o preço da corrida é definido tendo como base o valor a ser pago em um carro convencional e a aplicação do desconto padrão de R$ 20, concedido para estimular o uso do chamado “taxi elétrico”. O preço final é pago ali mesmo, antecipadamente, com dinheiro ou cartão. Viajantes frequentes também podem obter uma espécie de cartão pré-pago, com créditos que serão descontados conforme o uso. Uma corrida que custaria R$ 50 em um carro de praça convencional, por exemplo, custa R$ 30 no elétrico.
Acima, painel da perua informa que carga está quase completa: autonomia média é de 150 km
Tudo depende, é claro, da disponibilidade do carro, que pode estar em outra corrida ou, mais comum, ligado à tomada, carregando. A autonomia das baterias da Palio Weekend elétrica ainda é curta e, segundo os atendentes e um motorista, são suficientes para apenas quatro ou cinco corridas “médias” ao longo do dia. De fato, após rodar cerca de 150 quilômetros, o carro tem de ser recarregado durante 8 horas.
De qualquer forma, embora o custo inicial ainda seja caro, a massificação do projeto tende a ser benéfica a passageiros e motoristas. De um lado, a viagem é mais tranquila, sem ruído do motor, barulho de escape e poluição; do outro, há aumento de potência, além de economia e mais praticidade no reabastecimento.
O custo efetivo do quilômetro rodado ainda está sendo calculado (este é mais um dos objetivos do projeto), mas estima-se algo como 3 centavos de real por quilômetro contra 24 centavos de carros compactos “mil” — e com um cartão de usuário (foto à esquerda), o taxista libera o ponto de carga, “enche o tanque” e paga a fatura junto com a conta de luz residencial.